Detectores de gás normalmente são fornecidos já calibrados pelo seu fabricante.

Porém, após dias, semanas ou até meses de uso, como podemos confirmar que nosso instrumento ainda está funcionando e medindo gás corretamente?

A única forma recomendada pelos fabricantes é através de um Teste de Resposta no detector de gás.

Os componentes mais importantes de um detector de gás são seus sensores de gás. Portanto, a etapa mais essencial de um Teste de Resposta, independente do modelo ou fabricante, é a passagem de gás padrão (Material de Referência) por um período significativo nos sensores de gás, e a análise das leituras obtidas nesses sensores.

Para um Teste de Resposta ser considerado aprovado, todas as leituras dos sensores precisam ter uma leitura de gás dentro de um limite aceitável. Se um ou mais sensores estiverem fora do limite aceitável, o Teste de Resposta falhou. Quando ocorre esta falha, alguma ação corretiva precisa ser tomada (recalibrar o detector, trocar o sensor que falhou, efetuar uma manutenção geral, etc.) e depois precisa ser feito um novo Teste de Resposta.

Além da leitura dos sensores, diversos outros itens também podem ser avaliados em um Teste de Resposta, como acionamento dos alarmes (sonoro, visual e de vibração), tempo de resposta dos sensores (T90), vazão da bomba de sucção (caso haja), confirmar se a mangueira não está obstruída (caso haja), funcionamento dos acessórios (clipe, capa, alça, entre outros), verificação da carga das pilhas/baterias, etc. Analisando todos estes itens, conseguimos garantir que o detector de gás em questão está funcionando corretamente e pode ser utilizado com segurança e confiança no ambiente de trabalho.

Para espaços confinados, a Norma Regulamentadora (NR-33) exige a realização de um Teste de Resposta antes de cada utilização do detector de gás.

Alguns fabricantes chamam o Teste de Resposta como “Bump Test” (nome em inglês), “Teste de Verificação” ou “Teste dos Sensores”.

Também é relevante mencionar que alguns fabricantes recomendam a realização de Teste de Resposta sem uma passagem de gás e/ou uma análise da leitura dos sensores. Isto acaba tornando o Teste de Resposta menos confiável, pois acabamos confirmando o bom funcionamento só dos componentes secundários do detector de gás, e não dos componentes principais, que são os sensores de gás.